*Maria de Fátima Metelaro e Iara RigottiConvenhamos, temos muito caminho a percorrer para podermos oferecer aos nossos concidadãos um atendimento em Saúde Pública comparável aos níveis atingidos no primeiro mundo. E, não obstante a nossa crença de que o SUS possa aperfeiçoar-se a ponto de chegar a patamares muito mais próximos da qualidade social que todos desejamos, no momento, em todo o Brasil, ainda não se consegue oferecer serviços com o padrão de qualidade européia. Isso posto, entendemos que investir no SUS e em Saúde Pública de forma geral é acreditar que para os próximos anos poderemos aperfeiçoar em muito o atendimento hoje oferecido. Nesse sentido se alinham os governos Lula, Zeca e Tetila, ao contrário das forças privatistas que desejam, a todo o custo, entregar nas mãos de particulares centros de atendimento e hospitais construídos com dinheiro público. O SUS, como sabemos, é um organismo de âmbito nacional, no entanto os seus recursos são repassados para os Municípios, o que significa dizer que, segundo o empenho de cada administração municipal, existem variações significativas no atendimento médico-hospitalar prestado aos munícipes. Em Dourados, podemos afirmar com segurança, nunca houve um avanço tão significativo nas Políticas de Saúde Pública como na gestão Tetila. Claro que o reconhecimento desse trabalho não é feito por segmentos da oposição míope ou que sofre de Amnésia da Conveniência. Uma simples enumeração de alguns encaminhamentos tomados na gestão Tetila, com certeza, darão ao nosso leitor uma idéia do quanto avançamos:Nunca, na história de Dourados, se tomou tantas medidas buscando a estruturação dos serviços de saúde, seja pela adequação dos prédios, treinamento de pessoal e, principalmente, pela organização de um quadro de profissionais efetivados através de concurso público e com salários religiosamente em dia. A Central de Marcação de Consultas caminha a passos largos para a informatização geral da rede, objetivando a regulação e controle das marcações de consulta de especialidades para Dourados e toda a nossa região, que abrange 34 municípios. A abertura do Plantão do PAM, funcionando até meia-noite e atingindo a surpreendente realização de sete mil atendimentos por mês aliviou a dor e diminuiu as filas de espera. A transferência do atendimento das especialidades para o Hospital Universitário, oferecendo atendimento de qualidade e em condições adequadas também pode ser computado como um esforço significativo da administração e do corpo de profissionais da saúde no sentido de oferecer atendimento digno aos usuários. De grande impacto também na melhoria da qualidade de atendimento foi a ampliação de serviços de especialidades como Ecocardiograma infantil e serviço de ultra-sonografia especializados; a reestruturação do Centro de Atenção Psico-Social – CAPS – que oferece internação durante o dia para cerca de setenta pacientes e o aumento do número de Farmácias Municipais, de uma para cinco e a ampliação da listagem de medicação de 48 para 153 medicamentos oferecidos. Por outro lado, o esforço na ampliação das equipes do Programa de Saúde Familiar e a atenção especial da Administração Tetila para o atendimento básico, faz parte de nosso Planejamento Estratégico que norteia as nossas ações para que num futuro próximo possamos obter mais êxito com a medicina preventiva e deixemos para a medicina curativa os casos que especificamente lhe cabem. Mas, não obstante o empenho em geral para a melhoria dos serviços de saúde em Dourados, o exemplo emblemático de que a Administração Tetila optou pelo caminho da Saúde Pública com qualidade, está na coragem e ousadia com que assumiu o Hospital Universitário, evitando os golpes e contra-golpes das forças que desejavam a sua privatização. Tínhamos para o HU três saídas: a da privatização, a continuidade do abandono e a sua abertura gradual e segura. A Administração Tetila optou por essa última alternativa e, com o apoio do governo estadual, ao mesmo tempo em que amplia a capacidade de atendimento do HU, esforça-se para a criação da Universidade Federal da Grande Dourados, que poderá encampá-lo e oferecer à nossa região um Hospital Público preocupado com a pesquisa científica e com o atendimento de qualidade. As autoras são, respectivamente Secretária de Saúde do Município e Superintendente de Serviços de Saúde