Após o flagrante de crime ambiental praticado por um veículo que estava a serviço do Latícinios Camby, a equipe de fiscalização do Instituto Municipal de Meio Ambiente (Iman), vistoriou o local. Por determinação da diretora do órgão, Irionette Ferreira, os fiscais passaram a manhã desta quinta-feira (22) avaliando as condições de estrutura e higiene do local. Havia denúncias de que a empresa estaria cometendo crime ambiental, com a prática de deixar resíduos atingirem um córrego que existe nas proximidades sem o devido tratamento. Conforme Laudo de Constatação do Iman, na vistoria que foi acompanhada por um funcionário do laticínio, a fiscalização concluiu que os depósitos de soro e as caixas de passagem que despejam os resíduos no córrego não apresentam irregularidades. Apenas foram detectados vestígios de transbordamento e alguns resíduos sólidos, que poderiam ser consequência de uma eventual falha no processo de tratamento. O Iman notificou a indústria a adotar medidas técnicas imediatas para impedir o transbordamento e que não venham causar danos ao meio ambiente. O laticínio Camby tem uma produção de aproximadamente 25 mil litros de soro diário. O depósito desse resíduo tem capacidade para 45 mil litros, mas diariamente o soro é recolhido por particulares para ser utilizado na alimentação animal. Caminhão O caminhão da indústria, flagrado pelo Iman na noite de quarta-feira, estava exatamente despejando esse soro nas proximidades do Distrito Industrial, em local não apropriado. A prática é considerada crime ambiental e por isso o veículo foi apreendido e encaminhado para a Polícia Civil. Depois de feitos os procedimentos de rotina, o motorista e o caminhão foram liberados. No entanto, a empresa foi autuada e deve responder a processo administrativo. A Lei Complementar 055 de 19 de dezembro de 2002, prevê multa para esse tipo de infração de R$ 222,5 mil. Os proprietários da indústria podem recorrer, mas devem responder judicialmente pelo crime. Conforme relatos do funcionário da empresa que conduzia o caminhão, ele teria levado o resíduo até uma propriedade rural como faz regularmente, mas como o reservatório já estava cheio, decidiu despejar nas margens da rodovia.