Todos os povos contra a Hanseníase este é o tema da campanha que acontece dia 8 de novembro em Dourados. Neste dia, o Posto de Saúde Tipo A vai atender, das 8 h às 17h, as pessoas que apresentem sintomas da Hanseníase como manchas e dormência em partes localizadas do corpo. A idéia é fazer um mutirão de atendimento e levantar os casos de pessoas que não sabem que tem a doença.O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratar a Hanseníase, alerta a coordenadora do Programa de Controle da Turbeculose e Hanseníase, Célia Motta. Atualmente, existem 80 pacientes que estão sendo acompanhados pelo Programa que funciona no Tipo A. Como os sintomas não vêm seguidos de dor as pessoas acham que não é nada demais e a doença vai se agravando e comprometendo, em alguns casos, os movimentos, pois parece que os nervos incham, explica a coordenadora. Durante a primeira semana de novembro, Postos de Saúde e grupos de Programa de Saúde da Família vão fazer um levantamento especial, atentos em manchas e dormências pelo corpo para posteriormente, encaminhar aos especialistas do Tipo A. Lá, a prefeitura oferece fisioterapeutas, assistentes sociais, enfermeiros e médicos dermatologistas. Uma das maiores dificuldades, de acordo com a Célia, é manter o paciente no tratamento. Assim que começa a tomar o remédio, há uma melhora dos sintomas e o paciente tem a falsa sensação de que está curado, explica ao revelar que geralmente o paciente tem de seguir as recomendações médicas por cerca de seis meses. A cura depende muito do paciente, salienta. A única forma de contaminação conhecida é pela via aérea, ou seja, pelo contato com outra pessoa que tenha a doença. A Hanseníase é uma doença antiga, detectada cerca de 600 anos antes de Cristo. Por ser uma doença contagiosa e que pode provocar terríveis deformações, os doentes, até o século passado eram muito discriminados e isolados. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que a cada 10 mil habitantes, quatro têm a doença no país. Atualmente os países que têm um número expressivo de doentes estão concentrados em três continentes: Ásia 62%, África 34% e América Latina 3%.