Dourados pode vir a ter um Pólo de Educação Permanente em Saúde. A novidade foi anunciada pelo secretário de Estado de Saúde, João Paulo Barcellos Esteves, durante a IV Conferência Municipal de Saúde que terminou o último sábado na Câmara dos Vereadores. Segundo o secretário, durante a última reunião que teve na semana passada em Brasília, o Ministério da Saúde quer implementar 50 pólos de educação permanente em todo o país. Um deles irá para Campo Grande, mas João Paulo assumiu o compromisso de trazer um segundo pólo para Dourados. Esta pequena quantidade faz com que a gente imagine que o Mato Grosso do Sul só teria um pólo. Naturalmente este pólo é em Campo Grande. Mas eu pautei no ministério e vou fazer todo o esforço possível para que Dourados seja também um pólo porque Dourados é um centro de referência para 34 municípios compondo uma região de mais de 800 mil pessoas, salientou o secretário. A criação de um pólo permanente de educação para a saúde foi uma das reivindicações de trabalhadores do setor durante a conferência. Este fórum será composto por diversas instituições como a secretaria municipal de saúde, universidades, conselhos gestores e sociedade civil que juntas vão definir uma estratégia de capacitação e qualificação para profissionais de saúde de Dourados e região. Não dá para centralizar tudo isso em Campo Grande e pela vocação da formação que Dourados tem na graduação, pós-graduação, com as suas universidades como a UEMS, a Unigran e com a Universidade Federal da Grande Dourados, eu acho que mais do que nunca é pertinente Dourados se qualificar como pólo de educação permanente para os trabalhadores do SUS, afirma João Paulo. O secretário exemplificou que se Dourados tem enfermagem de qualidade e um déficit de psicólogos caberá ao fórum providenciar, junto com instituições de ensino locais, serviços para subsidiar a linha de formação. A existência deste fórum será de grande ajuda para a região sul do Estado podendo dar um fim às carências de profissionais da região, informa João Paulo. Quem sabe das carências de Dourados é o próprio município não devemos ser nós de Campo Grande e de outros locais que devemos vir aqui e dizer o que a região precisa. Quem tem que dizer é a própria grande região de Dourados, disse o secretário. Teto do SUS Ao ser questionado sobre o que o Estado poderia fazer para aumentar o teto financeiro do SUS o secretário respondeu brigar com o ministério, tentar tirar dinheiro federal. O teto financeiro é uma questão nacional, afirmou. Durante a última reunião que teve em Brasília, João Paulo disse que ficou decidido que o Estado do Mato Grosso do Sul terá R$ 150 mil por mês como fonte adicional para o teto financeiro para a assistência hospitalar de média complexidade. É lógico que este valor é insuficiente, mas o prefeito Tetila juntamente com os deputados da base parlamentar estiveram com o ministro, e o ministro apontou o Hospital Universitário como prioridade na gestão dele no ministério para o Estado. Eu espero que este hospital tenha um teto novo, fora destes critérios técnicos do ministério, este hospital tem que ter um teto fixo para ele, finalizou o secretário. Para que a alta e média complexidade funcione no HU são necessários um pouco mais de um milhão de reais por mês. Para isso a prefeitura vem articulando politicamente esta possibilidade.