A Guarda Municipal (GM) acompanhada de fiscais do Instituto do Meio Ambiente (Iman) começou um levantamento de todos os barracos em situação de abandono em Dourados. São locais que vêm servindo de esconderijo para marginais. A maioria dos imóveis está localizada em áreas impróprias para moradia, em regiões consideradas de fundos de vale. Além da insalubridade, os locais estão próximos a córregos e foram declarados de preservação permanente, portanto não poderiam ter edificações. A GM recebeu inúmeras denúncias de que no período noturno, os barracos servem de abrigo para usuários de drogas e ainda marginais que praticam furtos na cidade e aproveitam destes lugares para se esconder da polícia. O supervisor da GM, Divaldo Machado disse que a fiscalização destes locais foi um pedido do prefeito Ari Artuzi, para a corporação que auxilia os órgãos de segurança da cidade no combate a criminalidade. O prefeito está preocupado com a onda de violência em Dourados, com o aumento principalmente dos assaltos e furtos que tiram a tranqüilidade da população, esclareceu. Além da GM, o trabalho tem o envolvimento do Iman que foi inclusive orientado para encaminhar todos os casos diretamente à Secretaria de Serviços Urbanos. A Semsur vai avaliar cada caso e se for necessário irá providenciar a demolição imediata do barraco que estiver em situação de abandono. Como tratam – se de áreas de preservação ambiental, o espaço será reaproveitado com o plantio de mudas de árvores de espécies nativas. Um desses barracos identificados pela guarda e pelo Imam está localizado na rua, Etalívio de Souza Pael no Jardim Água Boa, o bairro mais populoso de Dourados. Donizete Bezerra Cavalcante e Orair de Castro, que são moradores vizinhos, informaram que no período noturno sempre há pessoas desconhecidas no local. Segundo eles, são desocupados que passam quase a noite toda, ingerindo bebida alcoólica e aproveitam também para usar drogas. O diretor-adjunto do Iman, Daniel dos Santos, já solicitou ádemolição. A ação atende as solicitações dos moradores do grande Água Boa. O trabalho de identificação dos barracos abandonados continua, toda a periferia será mapeada para que estes locais não representem mais riscos a segurança e tranqüilidade da comunidade local.