A assinatura do projeto de lei e da resolução que inclui o Hospital Universitário (HU) na estrutura da Universidade Federal da Grande Dourados acontecerá na sexta-feira, 15h, no HU, com a presença de diversas autoridades, como o presidente da Sodoben (Sociedade Douradense de Beneficência), empresário Ricardo Demamann; o senador Delcídio do Amaral; o reitor da UFGD Damião Duque de Farias; o prefeito de Dourados Laerte Tetila e a diretora do Hu, Dinaci Marques Ranzi. A incorporação foi aprovada pela Câmara de Vereadores na noite da última terça-feira (8), por unanimidade e comemorada pelos estudantes e representantes do poder público e da sociedade organizada. O prefeito Laerte Tetila destacou que a principal vitória está em assegurar que o hospital continue atendendo 100% SUS (Sistema Único de Saúde) e lembrou que desde a criação, o nome foi escolhido estrategicamente para caminhar com segurança até a consolidação como universitário. De acordo com Dinaci Ranzi, para o usuário de saúde, o atendimento por enquanto continuará o mesmo, mas a expectativa é de melhora com a ampliação dos serviços, principalmente na área da alta complexidade, outras especialidades e investimentos em pesquisa, já que haverá recursos do Ministério da Educação e da Saúde. E, para o município, é um ponto positivo porque a gestão municipal estará liberada para aplicação de recurso na Atenção Básica, acrescentou Dinaci. O presidente da Sodoben, Ricardo Demamann, que é um dos fundadores da entidade e ainda hoje membro ativo dessa luta, comemorou muito a decisão da Câmara. Vocês não imaginam o que estou sentindo hoje. Há 21 anos, quando fundamos a Sodoben, eu sugeri que fosse colocado nos estatutos que a entidade tinha como objetivo a consolidação da estrutura do hospital universitário como caráter de hospital-escola, levando em conta a implantação da futura Faculdade de Medicina. E hoje podemos ver essa realidade, disse o empresário. A incorporação do hospital pela UFGD, na verdade, já integra um plano de ação que começou ainda antes da criação da Universidade, quando da formação da Comissão tripartite formada por representantes dos Governos federal, estadual e municipal para a ativação do HU, no final de 2005. Naquela época, foi fixado o prazo de três anos para a transferência, apontada como a principal solução para a crise enfrentada atualmente pelo setor de Saúde pública. De acordo com o reitor Damião Duque de Farias, estudos realizados pela Universidade, em conjunto com técnicos do Estado e da União, e assessoria técnica da Fundação Oswaldo Cruz, mostrou que serão necessários recursos anuais da ordem de R$ 29 milhões para o gerenciamento do hospital. Desta forma, conforme ficou evidenciado ao longo dos debates, é possível assegurar melhor estrutura para o hospital, mais recursos para assistência em saúde e condições de formação profissional aos acadêmicos da faculdade de Medicina, principalmente.