Um grupo de missionários voluntários da Alemanha, Itália e Espanha ligado à Igreja Católica, está no País desde o final de semana, conhecendo os problemas indígenas em várias regiões brasileiras. Seis deles estão em Dourados, onde visitaram, na manhã desta segunda-feira, a Reserva Indígena e foram recebidos, no início da tarde, pelo secretário Municipal de Governo, Ermínio Guedes dos Santos, representando o prefeito Laerte Tetila, para conhecer os projetos para beneficiar a comunidade indígena douradense. Ermínio recebeu os missionários e explicou a situação indígena especificamente da Reserva de Dourados, mostrando seus aspectos culturais e sociais e apresentando o projeto de melhoria da qualidade de vida dos índios das aldeias Jaguapiru e Bororó, bem como os benefícios que grande parte das famílias vem recebendo dos governos municipal, estadual e federal.
Explicando que não existe nenhuma reserva indígena no mundo semelhante à de Dourados, Ermínio forneceu aos visitantes uma cópia do projeto elaborado pela Prefeitura e que vem contando com as parcerias do Estado e Governo Federal para sua implantação, investindo em infra-estrutura e atividades que proporcionem condições dignas de vida aos cerca de 11 mil habitantes da Reserva Indígena. Também respondendo a questionamentos dos missionários voluntários, Ermínio explicou que, num prazo de quatro anos, serão necessários investimentos de US$ 30 milhões para resolver a problemática indígena na Reserva, atingindo os mais variados setores, como educação, saúde, habitação, agricultura de subsistência, assistência social e infra-estrutura, para que a comunidade indígena possa produzir e até mesmo comercializar sua produção, entre as quais culturas básicas como feijão, arroz, mandioca, milho e batata. Com esse projeto sendo implantado, segundo o secretário, existem perspectivas de instalação de uma pequena agroindústria, para processar a produção indígena, auxiliando na obtenção de renda para as famílias das duas aldeias, que resultaria em um mínimo de qualidade de vida para essas comunidades. Ele destacou que melhorias como água encanada, energia elétrica e habitação, bem como programas de incentivo à agricultura familiar, além de educação, saúde e assistência social já estão implantados na Reserva Indígena. Esperamos contar também com o apoio do Primeiro Mundo para viabilizarmos a totalidade de nosso projeto, acrescentou ele aos visitantes, citando exemplos de empresas e organismos mundiais que podem colaborar.