Dourados – Em uma solenidade bastante bonita, marcada por apresentações artísticas e depoimentos comoventes de adultos que estão participando do programa Ensino de Jovens e Adultos (EJA); INSERT INTO nw_noticias (not_id, not_edicao, not_hora, not_ativacao, not_tipo, not_titulo, not_titulo_destaque, not_legenda, not_legenda2, not_corpo, not_texto_destaque, not_fonte, not_usuario, not_chapeu, not_subtitulo, not_credito, procura, dest_sec) VALUES na manhã desta sexta-feira (23.08) no Teatro Municipal, oportunidade em que foi lançado o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (Mova); INSERT INTO nw_noticias (not_id, not_edicao, not_hora, not_ativacao, not_tipo, not_titulo, not_titulo_destaque, not_legenda, not_legenda2, not_corpo, not_texto_destaque, not_fonte, not_usuario, not_chapeu, not_subtitulo, not_credito, procura, dest_sec) VALUES o prefeito Laerte Tetila disse que a população não deve esperar grandes obras físicas de sua administração, obras suntuosas, viadutos e coisas desse gênero. A nossa maior construção é a do ser humano, lembrando que a questão do analfabetismo é um crime, é um problema muito sério cujo preço o Poder Público e a Sociedade têm que pagar. Disse que as pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de saber ler e escrever têm um potencial enorme porque, em função dessa limitação, refletem mais sobre as coisas e agora aprendendo a ler e a escrever vão poder ir muito mais longe (…) Esse é um resgate do qual nós não podemos abrir mão. O evento foi aberto com a apresentação de uma mística do Grupo Cultural Utopia do MST, encenando a situação de escravidão que a pessoa se encontra quando não sabe ler e escrever. Fazem parte desse grupo integrantes do próprio MST, incluindo gente do acampamento 17 de maio, de Dourados. Em seguida, Jusceli Santos, outro sem-terra e autodidata, recitou a sua poesia Violaram Nossa Cultura, arrancando aplausos da platéia e das autoridades. Ele disse que escreveu a poesia em dois dias, mesclando a dura realidade da vida com sonhos e esperanças. Na seqüência, eles dançaram ao som da música Toda Criança Tem Sonhos, de Leci Brandão que faz alusão ao MST. O Hino Nacional foi acompanhado ao som do saxofone do jovem Alexsandro Nunes da Silva. Dagata também cantou, além de apresentações de alunos dos Centros de Educação Infanto-Juvenil, enfim, o evento foi rico no aspecto lúdico e cultural. A meta do Mova, até 2004, é alfabetizar pelo menos dez mil pessoas em Dourados, uma parceria com entidades de classe, Fundação Banco do Brasil e Governo do Estado. A estudante Josefa Cosmo da Silva, 42 anos, do EJA, disse que teve uma infância difícil e não pode estudar. Na primeira etapa reprovou, mas voltou a estudar e hoje se sente feliz. Fico mais feliz dentro da sala de aula do que em casa, agradecendo a dedicação dos professores. Jovelino Pereira Carvalho, com mais de 30 anos, fez um depoimento semelhante, citando que outras pessoas lhe disseram que papagaio velho não aprende a falar arrancando risos da platéias mas que ele perseverou e continua estudando. O prefeito Laerte Tetila convocou a sociedade a se integrar mais a esse projeto e lembrou que quando a pessoa tem vontade de aprender, ele aprende até mesmo com as pedras paradas. O superintendente do Banco do Brasil, José Carlos da Silva, disse que esse projeto é um grande desafio, mas que a fundação BB tem sido parceira das políticas de inclusão social neste País. É um trabalho desafiador e bonito. A secretária Municipal de Educação, Maria Dilnéia Espíndola, destacou as parcerias e disse que o Mova é inspirado na obra do mestre Paulo Freire que defendeu por três décadas, de 1950 a 1980, a alfabetização libertadora, construindo a leitura e a escrita a partir da realidade dos educandos. A superintendente de Educação e coordenadora geral do Mova, Meire Falcão, agradeceu o empenho de toda a equipe para a implementação desse projeto.