A estratégia de combate à dengue foi discutida na noite de terça-feira em Dourados durante uma reunião com representantes de várias paróquias da Igreja Católica e da prefeitura. A reunião, coordenada pelo padre Crispim Guimarães, aconteceu no salão paroquial da Igreja Catedral. Pelo menos 50 pessoas estiveram presentes. Além de representantes das paróquias, participaram o prefeito Ari Artuzi, o secretário municipal de Saúde Mário Eduardo Rocha, o procurador geral do Município Fernando Baraúna, representantes do Instituto do Meio Ambiente (Imam), do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e do Ministério Público Estadual. O vereador Zezinho da Farmácia (PSDB) representou a Câmara Municipal. O avanço da dengue no município foi o motivo de várias ponderações e questionamentos. O secretário de Saúde entende que a estratégia mais eficiente para conter a epidemia e a letalidade da dengue é a coordenação de todos os setores da administração pública e a sociedade civil se envolvendo com a extinção dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Ele falou sobre a estratégia criada pelo município no combate à dengue, que são os mutirões envolvendo agentes de endemias do CCZ, unidades básicas de saúde, Secretaria de Serviços Urbanos, com a parceria do Exército. O trabalho faz a limpeza de terrenos, ruas e demais locais públicos, principalmente nos bairros mais atingidos pela dengue. Entre as outras medidas estão a elaboração de um plano de contingência de assistência para garantir atendimento eficaz à população e aumento do número de médicos nos postos de saúde e no Pronto Atendimento Médico (PAM). Segundo ele, as visitas domiciliares foram suspensas para que os médicos dêem suporte nas unidades básicas de saúde. O secretário apresentou os últimos números da dengue em Dourados. No total são 1.184 notificações de janeiro até agora, sendo 763 casos positivos, 149 descartados e 272 pendentes de exame. Os bairros mais atingidos são o Jardim Flórida II, Izidro Pedroso, BNH 4° Plano, Vila Cachoeirinha, Novo Horizonte, Nova Dourados, Jardim Água Boa, Jardim Clímax e Jardim Piratininga. De acordo com o secretário de Saúde, os levantamentos demonstram que 85% dos focos de dengue estão nas residências. Isso mostra que o combate à doença não depende apenas dos órgãos governamentais. É claro que o governo tem que fazer a parte dele e já está fazendo, mas a população precisa se envolver mais, destacou. Ari Artuzi colocou a prefeitura à disposição de todos os moradores para ajudar no que for necessário no combate à dengue em Dourados. Estamos fazendo o que é possível, limpando os terrenos baldios, tirando a sujeira das ruas, aumentando o número de médicos para atender a população, mas é preciso a ajuda das pessoas para combater o mosquito da dengue, ressaltou. No final da reunião ficou definido que cada paróquia deve se organizar em seus bairros, envolvendo moradores, escolas e igreja para a realização de mutirões de limpeza e conscientização. O trabalho nos bairros terá apoio do CCZ.