Vários apresentam cláusula suspensiva e podem ser cancelados por irregularidades Somente na Caixa Econômica Federal a prefeitura de Dourados tem convênios para quase 50 projetos. É resultado de emendas de parlamentares ao Orçamento Geral da União, destinadas ao município. Muitos apresentam algum tipo de irregularidade e podem ser cancelados como foi o caso de um projeto de calçamento no campo de futebol da Vila Cachoeirinha, mas que na verdade a emenda seria para pavimentação e drenagem. Um levantamento está sendo realizado pela Secretaria Municipal de Planejamento para verificar a situação não só dos convênios com a Caixa, mas também com os Ministérios da Integração, Educação e outros, para verificar o tipo de irregularidade deixada pela antiga administração e buscar uma solução para o problema. Já é difícil conseguir recursos e se a gente não se empenhar para assegurar os que são destinados; à cidade vai perder muito com isso, disse o prefeito Ari Artuzi. Pelos dados da Caixa, diversos projetos estão atrasados em mais de 60 dias, como é o caso da construção da Vila Olímpica na Reserva Indígena, pavimentação e drenagem em vários bairros, como o Jardim Márcia, Jockey Clube e Vila Almeida; reforma de centros esportivos e outros. Tem ainda os projetos que correm o risco de suspensão, como a implantação de cozinhas comunitárias, obras com prestação de contas pendentes e ainda aquelas que estão paralisadas por um ou outro motivo. Em recente reunião com o prefeito Ari Artuzi, o gerente regional de negócios da Caixa, Ubirajara Rebouças Chaves, falou sobre esses projetos e informou que grande parte das pendências está relacionada à falta de documentos. Por diversas vezes mantivemos contato com a administração anterior para providenciar tais documentos, mas não havia um setor ou uma pessoa que acompanhasse diariamente esses procedimentos, comentou o representante da instituição. Diante da necessidade de resolver essas pendências, Artuzi determinou a ativação do departamento que deveria cuidar desses assuntos e o prefeito designou também que uma pessoa seja responsável pelo acompanhamento de todos os contratos, não só com a caixa, mas com os demais órgãos. Artuzi quer verificar com detalhe todas as irregularidades nos projetos para proceder à regularização e ainda evitar incorrer no mesmo erro de administrações anteriores de repente, por uma simples falta de atenção.