A saúde mental em Dourados vem recebendo um cuidado especial. A Prefeitura está prestes a implementar as Residências Terapêuticas e um Centro de Atenção Psicossocial para Usuários de Álcool e Drogas (CAPS/AD). Os dois projetos estão em andamento por meio de parcerias entre a Prefeitura e o Governo do Estado, ampliando a rede de atendimento não só aos pacientes psiquiátricos como também aos que procuram ajuda para se livrarem da dependência química. Quatro Residências Terapêuticas já foram construídas e, em breve, vão receber a mobília. A idéia, segundo a coordenadora de Programas Especiais da Secretaria Municipal de Saúde (Sesaup); INSERT INTO nw_noticias (not_id, not_edicao, not_hora, not_ativacao, not_tipo, not_titulo, not_titulo_destaque, not_legenda, not_legenda2, not_corpo, not_texto_destaque, not_fonte, not_usuario, not_chapeu, not_subtitulo, not_credito, procura, dest_sec) VALUES Maria de Lourdes Dutra, é abrigar os pacientes portadores de transtornos mentais que receberam alta de Hospital Psiquiátrico e não têm qualquer vínculo familiar. No último levantamento feito pela Secretaria, havia sete pessoas nesta situação. A unidade do CAPS/AD vai atender usuários de álcool e drogas, oferecendo cinco leitos para casos de desintoxicação. Além disso, os pacientes serão tratados de forma semelhante ao do CAPS saúde mental. Haverá atividades durante todo o dia com acompanhamento de psiquiatra, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais, revela Maria de Lourdes. Para aqueles que precisam de uma abordagem diferenciada a prefeitura está desenvolvendo uma parceria com a Associação Beneficente Casa Esperança, local onde são tratados dependentes químicos. Outro investimento da prefeitura e que está em fase avançada, é a implementação de leitos psiquiátricos para emergência no Hospital Universitário. Cuidando Tanto cuidado em oferecer mecanismos de aperfeiçoamento em saúde mental faz parte do objetivo da secretaria municipal de saúde. O tratamento necessita de uma rede de serviços que sejam articuladas entre si possibilitando a abordagem do paciente em todas as fases do adoecimento, trabalhando inclusive a prevenção, ressalta a coordenadora. A rede de serviços a qual Maria de Lourdes se refere começa no atendimento ambulatorial em saúde mental que funciona há dois meses no Posto de Atendimento Médico (PAM); INSERT INTO nw_noticias (not_id, not_edicao, not_hora, not_ativacao, not_tipo, not_titulo, not_titulo_destaque, not_legenda, not_legenda2, not_corpo, not_texto_destaque, not_fonte, not_usuario, not_chapeu, not_subtitulo, not_credito, procura, dest_sec) VALUES e deve ser estendida aos programas de saúde da família que farão o acompanhamento do paciente no bairro, sendo os serviços do Programa de Saúde Mental como referência. Para aqueles que precisam de acompanhamento e tratamento durante todo o dia, existe o Centro de Atenção Psicossocial em Saúde Mental (CAPS-Saúde Mental); INSERT INTO nw_noticias (not_id, not_edicao, not_hora, not_ativacao, not_tipo, not_titulo, not_titulo_destaque, not_legenda, not_legenda2, not_corpo, not_texto_destaque, not_fonte, not_usuario, not_chapeu, not_subtitulo, not_credito, procura, dest_sec) VALUES que desde o início deste ano vem fazendo a implementação de uma nova forma de tratar. Este novo cuidar dos pacientes psiquiátricos abandona o método carcerário usado nos manicômios e passa a tratar o paciente com um único objetivo: a reinserção dele na sociedade. O CAPS funciona como Hospital dia em que o paciente psiquiátrico passa a manhã e a tarde sendo acompanhado pelos profissionais e participando de atividades de cultura e lazer com o objetivo de recuperar os pacientes. À noite ele volta para a casa porque o mais importante é que o paciente não perca o vínculo com a família e a comunidade em que ele vive, afirma Maria de Lourdes Dutra. Nosso objetivo é dar um acompanhamento humanizado às pessoas que sofrem de transtornos psiquiátricos, deixando de isolá-los do convívio social, salienta a coordenadora. Democracia – A família também tem total amparo pelo grupo do CAPS. Reuniões são feitas para tirar dúvidas e orientar os familiares. No entanto, mais que buscar informação, estes parentes unidos aos pacientes e técnicos da saúde criaram o Conselho Gestor em Saúde Mental. O objetivo é buscar melhores condições para o serviço de saúde mental do município, além de tentar trabalhar com a população a desmistificação do paciente portador de transtorno mental. Apenas quem convive com eles sabe o quanto é difícil lidar com aqueles que não conhecem a doença. É o que afirma Ivete Lopes, presidente do Conselho Gestor da Saúde Mental e irmã de um paciente. Os pacientes são taxados pela doença. Poucas pessoas acreditam que estes enfermos possam ter uma vida normal desde que receba todos os cuidados necessários. Intitula-lo de incapaz, é uma atitude maldosa, afirma Ivete. Formar um Conselho Gestor em Saúde Mental é um avanço. Uma demonstração de que a democracia é realmente para todos, dando voz àqueles que, muitas vezes, são considerados incapazes.