A equipe de Finanças e Receita da Prefeitura de Dourados reuniu uma série de documentos que comprova a dívida deixada por Laerte Tetila (PT). São R$ 42 milhões que incluem débitos com fornecedores e empresas públicas e privadas como a Enersul e Sanesul. Em relação á Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul, a pendência é de R$ 2 milhões. De acordo com o secretário municipal de Receita, João Azambuja, não há qualquer documentação que comprove a quitação dos valores pela antiga administração. Azambuja disse também que no caso da Enersul, várias contas não são pagas desde 2006. Folha de dezembroO secretário de receita informou á pouco que o prefeito Ari Artuzi, está buscando a melhorar alternativa para quitar a folha de dezembro dos servidores deixada por Laerte Tetila. Segundo ele, Artuzi quer fazer isso o mais breve possível. O Tetila fala dos salários atrasados como se isso fosse algo natural, mas não teve a mesma postura quando assumiu a prefeitura com a folha de dezembro em aberto. Na época, Laerte Tetila negociou o pagamento atrasado em sete parcelas, sendo que a primeira só começou a ser paga em fevereiro de 2001. Fundeb e demais fundosNa avaliação dos documentos das finanças da prefeitura, no Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb), existe um saldo atual de pouco mais de R$ 200 mil. Parte destes recursos é utilizada no pagamento dos salários dos professores, mas de acordo com Azambuja, a ex-administração não se preocupou em fazer uma reserva e usou os recursos do Fundeb desordenadamente, sem que existissem sobras para o pagamento da última folha. O secretário informou também que os recursos do Fundo Municipal de Saúde foram creditados nos dias 31/12/08 e 02/01/09. No ato de transmissão de posse este dinheiro não estava relacionado nos documentos da tesouraria. São R$ 5 milhões e 600 mil que só foram disponibilizados agora, explicou. De acordo ainda com Azambuja, em relação ao balancete de dezembro, o ex-prefeito Laerte Tetila deixou em aberto. Foi uma, entre várias falhas da administração passada. As exonerações dos funcionários comissionados também não foram feitas. Agora o prefeito Ari Artuzi é quem terá de resolver estas questões, arcar com os ônus trabalhistas, entre outros encargos, ressaltou.