A Central de Recebimento de Embalagem de Agrotóxicos foi premiada como uma das mais importantes iniciativas, de educação e treinamento do homem do campo. O projeto mantido pela Prefeitura de Dourados em parceria com as empresas de revendas de defensivos agrícolas e cooperativas foi destaque durante o XX Prêmio Mérito Fitossanitário, realizado em São Paulo SP. O prêmio entregue ao servidor municipal e coordenador da central, Luis Carlos Rodrigues Moraes, foi concedido pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF). A associação em conjunto com demais órgãos e entidades em defesa do desenvolvimento sustentável, instituiu há cinco anos a premiação para as indústrias, canais de distribuição, cooperativas, revendas e as centrais de recebimento de embalagens de agrotóxicos, que promovam ações de sensibilização sobre a atividade no campo com a redução dos impactos ambientais. De acordo com Moraes, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) responsável por julgar o trabalho de 116 centrais espalhadas pelo país, avaliou entre outros quesitos, a estrutura, o custo operacional, o volume de embalagens recebidas e processadas, a destinação dada aos materiais e a capacitação contínua que é feita com os funcionários. No sistema de pontuação geral, a central de Dourados conquistou a primeira colocação na Categoria Campo Limpo. Para o coordenador do projeto e Engenheiro Agrônomo, o prêmio é o reconhecimento pelo trabalho que começou a ser desenvolvido em 1999 e que hoje é mantido pelo município com o apoio das cooperativas, indústrias e revendas de defensivos agrícolas. Moraes destacou ainda, que com a manutenção da estrutura da central, a prefeitura cumpre seu papel sócio ambiental, ao mesmo tempo em que desperta na classe produtora bem como na sociedade em geral, a conscientização sobre a importância de se preservar o ecossistema. Central de RecebimentoLocalizada na Sitióca Campo Belo na saída para Caarapó, a Central de Recebimento de Embalagem de Agrotóxicos iniciou as atividades em Dourados com o processamento de três toneladas. Hoje são recebidas em média por ano 300 toneladas, o que demonstra segundo Moraes, a conscientização dos produtores e o trabalho de divulgação e fiscalização desenvolvido pelas cooperativas e indústrias de revendas de defensivos. A meta este ano é que sejam recebidas 330 toneladas de embalagens de agrotóxicos. Depois de passar pela tríplice lavagem que é feita pelo próprio produtor, a central recebe o material que é separado pelo tipo e depois prensado. O coordenador explicou que depois de prensadas, as embalagens são encaminhadas para a reciclagem. Mesmo com o avanço na destinação das embalagens de produtos aplicados nas lavouras, Dourados conforme informou Moraes, ainda não dispõe de empresa especializada em reciclar este tipo de material.