O secretário-adjunto de Saúde em Dourados, o médico Dílson Degutti, contestou as afirmações do deputado federal Geraldo Resende na imprensa local, sobre os custos que o município teria no convênio com Hospital Evangélico. O deputado tentou traçar uma comparação com o gasto na saúde na administração passada e com a proposta apresentada pela atual administração. Degutti disse que esse comparativo é totalmente equivocado. Na imprensa, Resende questiona a proposta de R$ 1,9 milhão/mês previsto no contrato com Hospital Evangélico, como custeio para administrar o Hospital de Urgência e Traumas (HUT) e Hospital da Mulher (HM), enquanto que no governo de Laerte Tetila o gasto era de R$ 1,3 milhão/mês com as duas unidades hospitalares. Dílson Degutti esclareceu que isso faz parte do investimento que a administração de Ari Artuzi tem destinado ao setor da saúde. O secretário-adjunto disse que um dos primeiros pontos é a UTI do HUT, com dez leitos, que deverá entrar em funcionamento nos próximos dias. O deputado, que também é médico, sabe qual é o custo de uma UTI como essa e o que ela necessita para funcionamento adequado, ressaltou o médico, explicando que serão necessários mais profissionais, tanto médicos como enfermeiros atuando exclusivamente no setor e isso significa alteração de custo. Outra colocação de Degutti é relacionada ao aumento no número de especialidades na saúde pública local. Ele informou que o município dispõe de profissionais médicos em apenas sete especialidades. O prefeito Ari Artuzi quer mais especialistas atendendo em outras áreas e de acordo com o secretário-adjunto, o usuário do SUS passará a ter em breve pelo menos 20 especialidades, principalmente na emergência Para o médico, o deputado antes de comparar os gastos previstos deveria fazer uma comparação com o que estará sendo oferecido em serviço. ,Só como exemplo, dados levantados pela própria Secretaria revelam que na gestão anterior, 75 por cento dos pedidos de atendimento dos municípios da região, foram negados por Dourados. Foram procedimentos repassados para Campo Grande, informou Degutti. O secretário comentou ainda que atender pelo SUS dessa forma é fácil. Até com R$ 500 mil seria possível, mas nós temos um compromisso com a população. Ele informou também que não havia no HUT um aparelho de tomografia computadorizada e agora já tem. Segundo Degutti, são exames e procedimentos caros que hoje o usuário do SUS em Dourados dispõe através da rede pública de saúde. O médico Dílson Degutti explica ainda que o Hospital Evangélico, através do convênio, disponibilizará de 100 a 120 internações e cirurgias de altíssima complexidade /mês. Só aí seriam pelo menos R$ 400 mil a mais, destaca o secretário, lembrando que até o ano passado os casos mais complicados eram encaminhados para Campo Grande, ou seja, Dourados atendia quase que o básico apenas. Degutti usou o acidente ocorrido na manhã desta segunda feira (02), envolvendo dois ônibus, para explicar o que Dourados terá em breve. Ontem a correria foi grande para atender o número de pacientes feridos no acidente e o compromisso do prefeito Ari Artuzi é de deixar os hospitais da rede pública, preparados e em condições de atender com eficiência, tragédias como aquela, fionalizou.