O prefeito de Dourados, Laerte Tetila, recebeu em seu gabinete no final da tarde desta quarta-feira (2), a comissão da Associação dos Docentes de Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) que entregou uma carta e solicitou a articulação política do prefeito junto aos deputados estaduais, para que seja aprovada em julho a Emenda Modificadora que pretende reestabelecer os parágrafos revogados da Lei nº2.583/2002 que trata sobre a autonomia financeira da Uems. O prefeito afirmou estar à disposição do grupo por acreditar que essa é uma causa mais do que justa. Para isso enviará ofícios e fará contatos com os deputados estaduais e também os vereadores de Dourados. A presidente da Associação dos Docentes da Uems, Margarete Soares da Silva, disse que a Emenda Modificadora é uma oportunidade para os deputados consertarem o erro cometido no final do ano passado, quando a revogação foi aprovada em 21 de dezembro e publicada no suplemento do Diário Oficial do Estado em 27 de dezembro. A Uems tem um plano de desenvolvimento institucional que contempla ensino, pesquisa e extensão, todas as áreas de conhecimento e as unidades e que não podem ficar à mercê de gerência externa. A autonomia da gestão é prevista por legislação federal e essa revogação é uma tentativa de acabar com essa autonomia, usando o dinheiro público de acordo com conveniências políticas, porque quem decidirá qual projeto será apoiado ou que unidade receberá determinado benefício será o governador, não precisando de reitor nem de Tribunal de Contas, denunciou. Já o coordenador de pós-graduação da Uems, Emílio Davi Sampaio, anunciou que serão enviadas cartas para as 15 prefeitos que têm unidades da Uems em suas cidades, a Câmara de Vereadores de Dourados será convidada para somar forças à luta, passeatas estão sendo organizadas, faixas serão produzidas e panfletos informativos chegarão às mãos de todos os acadêmicos e também dos deputados estaduais. Viemos hoje aqui como o eco dos 7,6 mil alunos da Uems, disse Emílio. De acordo com a carta assinada por Margarete da Silva, Ney Azambuja (presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da Uems) e Cleiton dos Santos (presidente do DEC/Uems), a estrutura da Uems foi abalada e fragilizada após a alteração da Lei de Autonomia Universitária, que retira a obrigatoriedade do Estado em repassar o percentual de 3% da sua arrecadação tributária, já que esse percentual é o que garante a viabilidade admnistrativa, técnica e pedagógico-científica da instituição. Ainda segundo a carta, a Uems oferece 42 cursos de graduação e 16 de pós-graduação, beneficiando 7.611 alunos no Ensino Superior, com corpo docente composto por 608 professores. Sendo destes 279 com titulação de mestre e 128 de doutor. Como equipe de apoio, a Uems conta com um corpo de técnicos administrativos de 336 servidores.